quinta-feira, 24 de outubro de 2019

DESASTRE AMBIENTAL CRIMINOSO: Óleo avança no Litoral Norte e chega a novas praias.

Substância foi encontrada em Itamaracá e na Praia de Pau Amarelo, em Paulista, nesta quinta-feira (24). Em sete dias, foram 958 toneladas recolhidas nas praias do estado.
Óleo avança no Litoral Norte e chega a novas praias
O óleo que vem atingindo o litoral nordestino avançou e chegou às praias do Pilar, em Itamaracá, e na de Pau Amarelo, nas proximidades do forte de mesmo nome, em Paulista, ambas no Litoral Norte do estado. A informação foi confirmada pelas prefeituras dos municípios, nesta quinta-feira (24) 
A partir desta quinta, as denúncias de óleo no litoral pernambucano pode ser feitas 24 horas por dias pelo telefone 185, central que funciona na Capitania dos Portos, no Recife.

Itamaracá, no Grande Recife, é a décima cidade a ser atingida pelo óleo, desde que a substância reapareceu no estado, há uma semana. Paulista teve registro da substância na quarta-feira (23), na Praia do Janga. Nesses sete dias, foram 958 toneladas recolhidas de resíduos das praias do estado.

Segundo Clóvis Barreto, secretário de meio ambiente de Itamaracá, fragmentos de óleo foram encontradas por volta das 5h10 pelas equipes de monitoramento, que vem atuando no município desde que a substância reapareceu em Pernambuco.

"São pontos individuais, não está como outras praias que vimos. São fragmentos numa extensão de cerca de 250 metros", disse.

Voluntários removem óleo de praia na Ilha de Itamaracá, no Grande Recife.

De acordo com o secretário, as manchas foram localizadas da Praia do Pilar até as proximidades da Praia de Jaguaribe. "Vamos isolar o local, para nenhum civil ter contato com o material. A Marinha e o Exército têm equipes para fazer essa limpeza. Queremos evitar casos de intoxicação", apontou o secretário.

Em Paulista, a substância foi encontrada próximo ao forte de Pau Amarelo. Essa é a segunda praia do município a ser atingida. De acordo com o general Alexandre Cantanhede, comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, um efetivo de 100 militares foi destacado para a limpeza.

"Além dos 100 homens, a Brigada tem um efetivo de mais 4.800 militares que estão em Pernambuco e Alagoas para serem empregados a qualquer momento", afirmou o comandante 
Óleo avança e chega à Praia de Pau Amarelo, em Paulista

Secretário de Meio Ambiente de Paulista, Ricardo Couto afirmou que, na quarta-feira (23), foram retirados aproximadamente 25 toneladas da Praia do Janga.

"Estamos fazendo o monitoramento e atentos a qualquer mancha de óleo que chegue na nossa costa. No Janga, vamos tirar os resíduos que ficaram nas pedras", relatou.
Pessoas usam pá e água para raspar óleo das pedras da Praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho 

A limpeza do resíduo das pedras foi intensificada na Praia de Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho, também no Grande Recife. Os militares atuam usando pás, raspando as pedras e jogando água para poder recolher o óleo e colocá-lo em sacos e baldes.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Bertotti, a população pode ajudar mandando informações sobre as praias que forem afetadas pelo óleo pelo número 185. O telefone é utilizado para o envio de informações de emergências marítimas e fluviais pela Marinha.
Manchas de óleo apareceram em Itamaracá, no Litoral Sul do Recife

“O 185 vem sendo utilizado pelas prefeituras, que recebem informações de pescadores, mas, desta forma, toda a população pode nos ajudar. O monitoramento é feito pela Secretaria de Defesa Social, Marinha e navios dos portos de Suape e do Recife, além da população. É um trabalho conjunto”, disse o secretário.

Ainda segundo o secretário de Meio Ambiente, na Praia do Cupe, em Ipojuca, no Litoral Sul, mergulhadores recolheram ao menos mil litros de óleo que estavam próximos a arrecifes.

“A gente recebeu, no Centro de Comando, que na quarta-feira, havia óleo, nos arrecifes em frente à Praia do Cupe. Foi feito um trabalho de mergulho e foram recolhidos cinco tonéis de 200 litros, cada. É uma análise que já era feita, porque uma parte desse material vem para a praia e outra, no mar”, afirmou o secretário.

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