Investigado na Operação Acrônimo, presidente do grupo Caoa depôs à PF. Em outubro, ele teve R$ 2,5 milhões apreendidos em casa por agentes.
Investigado pela Operação Acrônimo, da Polícia Federal, o fundador e presidente do grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, afirmou em depoimento a investigadores que não possui contas bancárias em nome dele. Oliveira Andrade deu essa explicação à PF para justificar por que guardava em casa R$ 2,5 milhões.
O dinheiro foi apreendido em outubro, durante buscas autorizadas pela Justiça. Andrade prestou depoimento no ano passado. A Operação Acrônimo investiga suposto esquema de lavagem de dinheiro na campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais.
No caso do empresário, as investigações apontam que Pimentel, enquanto ocupava o cargo de ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio teria favorecido a empresa dele. Neste mês, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestou contrariamente ao indiciamento do governador, pedido pela Polícia Federal.
O advogado do empresário, José Roberto Batochio, confirmou a apreensão e a versão do empresário. E acrescentou que Oliveira Andrade não tem conta bancária a fim de evitar que eventuais processos trabalhistas com empresas fornecedoras da Caoa atinjam as contas dele.
Segundo o advogado, em ações trabalhistas, quando um fornecedor da Caoa perde na Justiça, há risco de penhora para a a Caoa e, se o empresário fosse titular de conta, haveria risco de penhora das contas dele.
Zelotes
O empresário também é investigado em uma outra operação, a Zelotes, que apura compra de medidas provisórias para prorrogar incentivos fiscais a montadoras.
Segundo as investigações , a Caoa chegou a acertar a participação mas não pagou propina, não cumprindo o combinado. Carlos Alberto de Oliveira Andrade não foi denunciado pelo Ministério Público Federal por esse motivo, nas continua sendo investigado em um inquérito da operação.
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