quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Medo do desemprego cresce e brasileiro volta a economizar.

No fim de 2015, um em cada quatro trabalhadores conseguiu guardar grana.
Nos últimos três meses de 2015, 26,2% dos entrevistados disseram que guardaram dinheiro como forma de poupança.O medo do desemprego voltou a rondar a vida dos brasileiros e a solução encontrada pelas famílias foi fechar o bolso e poupar. A constatação está no estudo Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo) e da FIA (Fundação instituto de Administração) divulgado nesta quarta-feira (13).

Depois de um pico no meio do ano passado, quando metade dos brasileiros temia perder o emprego, houve um alívio nos últimos três meses de 2015. Porém, para os primeiros três meses de 2016, o receio de ficar desempregado voltou a subir — 5% dos entrevistados temem ser demitidos.

O reflexo disso está nas finanças pessoais. Nos últimos três meses de 2015, 26,2% dos entrevistados disseram que guardaram dinheiro como forma de poupança — o maior patamar registrado em mais de dois anos.

Em média, esses brasileiros conseguiram poupar R$ 1.437 entre outubro e dezembro do ano passado — uma queda de R$ 300 em relação aos três meses imediatamente anteriores. O presidente do Ibevar, Cláudio Felisoni de Angelo, explica que só há uma razão para o brasileiro estar poupando mais: insegurança quanto ao futuro.

— A redução da renda real, o aumento dos juros e, especialmente, a alta e a perspectiva de desemprego provocam uma preocupação com a poupança para o futuro próximo.

A pesquisa ouviu 500 consumidores entre os dias 8 e 23 de dezembro de 2015 na cidade de São Paulo. A maioria deles — quatro em cada dez — ganha de 3,1 a 8 salários mínimos.

Poupar é preciso

A economia das famílias brasileiras faz sentido também por causa da queda do salário médio em 2015. A renda média do brasileiro chegou a R$ 2.200,78 em outubro do ano passado mas regiões metropolitanas -- uma queda de 8,3% em relação ao mesmo mês de 2014, quando era de R$ 2.399,03.

Os dados do emprego também assustam: houve uma queda de que 5% na população empregada nas regiões metropolitanas. Em novembro de 2014, 17,9 milhões de brasileiros estavam empregados, patamar que sofreu um recuo de 800 mil postos de trabalho em novembro de 2015 (17,1 milhões de brasileiros empregados).

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