quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Família Lula será investigada por privilégio sobre negócio com triplex

O Ministério Público de São Paulo está realizando uma investigação para averiguar se a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve privilégios ao decidir se ficaria com um apartamento triplex no Guarujá. Imagens divulgadas no 'Jornal Nacional' revelam o elevador italiano privativo de R$ 62,5 mil que foi instalado na reforma do imóvel. De acordo com o G1, as obras foram bancadas pela construtora OAS e representaram um gasto de R$ 800 mil. 

Marcos Sérgio Miggliaccio, conselheiro da Associação de Vítimas da Bancoop, afirmou que, em 2009, os donos de cotas no empreendimento precisaram decidir se continuariam ou desistiriam do negócio. Esse foi o período em que a construção dos imóveis da Bancoop foi assumida pela Construtora OAS. Nesse contexto, a família de Lula teria sido privilegiada. Os donos teriam duas opções: continuar ou desistir. A decisão deveria ser comunicada no mesmo ano. 

“A pessoa teria que tomar um dos dois caminhos. Não existia um terceiro caminho para ninguém. Não foi criada uma terceira opção que daqui cinco anos você poderia decidir, daqui cinco anos você poderia resgatar o que pagou. Isso era uma impossibilidade". explica o conselheiro. “O que foi dado ao casal Lula em questão, pode-se dizer que foi um privilégio, uma opção dada a eles e nunca a nenhum cooperado”, continuou. “Nenhum cooperado Bancoop teve esse privilégio e digo mais, (em outro empreendimento) no Butantã, a OAS moveu ações para retomar o lugar de pessoas que não decidiram". 

Procurada pela reportagem, a assessoria do ex-presidente Lula nega que o triplex tenha pertencido à família. Além disso, a ex-primeira-dama Marisa Letícia tinha apenas a reserva de um apartamento padrão no prédio. Na nota divulgada, o Instituto Lula afirma que, mesmo não tendo aderido ao novo contrato, a família manteve o direito de solicitar a qualquer tempo o resgate da cota de participação. A construtora OAS não quis comentar.

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