quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Japão ameaça destruir 'foguete espacial' norte-coreano

Depois de Estados Unidos e Coreia do Sul, Japão e China alertaram Pyongyang nesta quarta-feira (3) que um eventual disparo de míssil teria consequências negativas para o país. A Coreia do Norte informou ontem que pretende lançar, entre 8 e 25 de fevereiro, um "foguete" para colocar um satélite em órbita.
O governo japonês reagiu com firmeza, afirmando que o anúncio é uma provocação. Caso a Coreia do Norte insista no lançamento, o país estará violando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, advertiu em nota oficial. Tóquio disse ainda que vai destruir o foguete norte-coreano, se considerar que ele ameaça seu território.

A China também declarou hoje sua preocupação com o eventual lançamento e pediu que Pyongyang abra mão de "ações que possam conduzir a uma escalada das tensões na península coreana". A Coreia do Sul incitou o vizinho do norte a renunciar ao projeto.

O anúncio acontece após o quarto teste nuclear norte-coreano e aumenta a tensão na região. Pyongyang insiste que se trata de um programa espacial de caráter exclusivamente científico, mas a comunidade internacional teme que o regime comunista dissimule novos testes de mísseis balísticos. Ontem, os Estados Unidos ameaçaram a Coreia do Norte com sanções internacionais suplementares. O Conselho de Segurança das Nações Unidas já prepara uma resolução para endurecer as sanções contra Pyongyang, em consequência do quarto teste de uma bomba nuclear, realizado em 6 de janeiro passado.

As datas anunciadas sugerem que o lançamento do "foguete" coincidirá com 16 de fevereiro, aniversário do ex-líder Kim Jong-Il, pai do atual chefe de Estado norte-coreano, Kim Jong-Un.

As especulações na comunidade internacional sobre o disparo cresceram nas últimas semanas, depois que imagens de satélite mostraram um aumento de atividade na base militar de Sohae, no extremo noroeste do país. Desde o início de 2013, a Coreia do Norte aumentou a capacidade de Sohae, que agora pode lançar foguetes de longa distância e com cargas mais pesadas. A maioria dos especialistas acredita, no entanto, que Pyongyang ainda não tem capacidade para disparar mísseis balísticos intercontinentais.

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