segunda-feira, 14 de março de 2016

Orçamento para 2016, Flu prevê R$ 25 milhões com venda de jogadores

Após passar pelo Conselho Fiscal, previsão orçamentária será votada no dia 22 pelo Conselho Deliberativo. Clube espera lucrar R$ 22 milhões com novo patrocínio.marlon, fluminense, novo uniforme (Foto: Edgard Maciel de Sá)
Depois de Gerson, Marlon pode ser o próximo atleta a ser vendido pelo Fluminense
É uma medida corriqueira nos clubes, prevista em estatuto, inclusive no do Fluminense. Porém, inédita em seis anos da gestão Peter Siemsen. E que revela a dificuldade financeira deste começo de ano, que inviabilizou, por exemplo, a contratação de Wellington Nem. O orçamento tricolor estima arrecadação de R$ 25 milhões com a venda de jogadores. Nem assim será possível fechar as contas no azul. 

No orçamento elaborado pela direção, não há a especificação de qual atleta pode deixar as Laranjeiras. Resulta de uma série de fatores. Eventual comprador, interesse do profissional em deixar o clube. O Flu entende, entretanto, que Marlon, jovem com passagens pela Seleção, seria o mais assediado do elenco no mercado internacional. Teria até um valor - informal, diga-se de passagem - que gostaria de receber: 9 milhões de euros (R$ 36 milhões). Tanto a direção quanto o empresário Frederico Moraes, responsável pela carreira do zagueiro, porém, negam ter recebido qualquer oferta de transferência. 


O orçamento passou por um rito dentro do clube. Teve debate no Conselho Fiscal. Foi enviado a todos os 300 conselheiros, que irão votá-lo no próximo dia 22 de março - há atraso, afinal, o estatuto determina que tudo deveria ter sido feito no ano anterior ao exercício. É uma previsão e, como tal, pode sofrer alterações. Mas indica como a direção projeta a temporada. Outro exemplo: há a expectativa de arrecadar R$ 22 milhões com patrocínio master e nas mangas da camisa após a saída da Viton 44. O clube, aliás, ainda tem esperança de um acordo com a Caixa Econômica Federal.
Há mais informações interessantes no documento. A mensalidade aos sócios terá reajuste de 15% a partir de abril. Os R$ 9 milhões devidos pela antiga patrocinadora estar computados nas receitas, o que revela acordo entre as partes. O departamento de futebol terá superávit, mas a conta geral fecha com déficit de R$ 12,2 milhões. A receita seria de R$ 266,8 milhões e a despesa, R$ 279,1 milhões. 
O Flu vive situação financeira delicada. Havia atraso no pagamento dos direitos de imagem, em alguns casos de quatro meses, até janeiro. A direção regularizou com o dinheiro da venda de Gerson. Ele também foi destinado a questões como o pagamento à vista de dívidas da própria gestão com ex-jogadores, às contratações de Richarlison, Henrique e Diego Souza e ao pagamento pela construção do centro de treinamento. 
As contas de 2015 passaram por análise em dezembro do ano passado, quando o Conselho aprovou o pedido de suplementação orçamentária na ordem de R$ 36 milhões. A época, o presidente estimou que o ano teria superávit de R$ 17 milhões. O balanço ainda não foi divulgado.

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