Loja da Apple na Quinta Avenida, em Nova York (EUA).
Esta sexta-feira (1º) marca o aniversário de 40 anos da companhia de tecnologia Apple. Fundada por Steve Wozniak, Steve Jobs e Ronald Wayne, a empresa é reconhecida atualmente como a marca mais valiosa do mundo. Também conhecida como a gigante de Cupertino, a Apple completa sua quarta década com uma lista grande de produtos marcantes: Macintosh, iMac, iPod e iPhone.
De acordo com a Forbes, a Apple tem um valor de mercado estimado em mais de US$ 741 bilhões, figura entre as três que mais lucraram no último ano e é ainda a 11ª no ranking de vendas de todo o mundo. A história de como os dois amigos chamados Steve criaram uma empresa bilionária a partir de uma garagem em Los Altos, na Califórnia (EUA) já foi contada em livros, filmes e documentários.
Em 2011, durante uma de suas palestras no Brasil, Steve Wozniak contou que nunca imaginava criar uma empresa. Segundo Wozniak, essa ambição era coisa de Jobs. "Ele queria melhorar o mundo", conta.
A Apple não é a marca mais antiga de tecnologia que conhecemos. Vários outros nomes, como HP, Motorola, Intel são mais antigos. Entretanto, a apropriação de várias tecnologias diferente e um foco usabilidade fez com que a companhia transforamasse consumidores em verdadeiros seguidores, explica o vice-presidente de pesquisas do Gartner, Brian Blau.
o analista comentou a importância das quatro décadas da companhia.
— A Apple tem sido uma importante empresa no espaço da tecnologia durante seus 40 anos de existência. Ela não apenas ajudou a popularizar computadores pessoais, mas várias outras formas de tecnologia que nós achamos comuns atualmente. Se não fosse pelo foco da Apple em usabilidade e qualidade, não haveria tantos de seus competidores disputando ferozmente para ganhar a atenção dos consumidores em todo o mundo.
— Os consumidreos da Apple são uma grande parte da razão para a empresa estar tão bem hoje em dia. O apoio de longa data faz com que a Apple mantenha sua imagem de marca premium.
"O fator Jobs"
O falecimento de Steve Jobs, em 2011, fez com que vários analistas temessem pelo futuro da Apple. Sem as ideias de seu guru, a empresa encontrou outros líderes: o atual CEO, Tim Cook e o diretor de design Jony Ive.
Os lançamentos da marca desde essa época passaram a receber mais críticas da imprensa especializada. Produtos novos, como o iPad Pro, Apple Watch e até mesmo o iPhone perderam o caráter de "inquestionáveis", mesmo que as vendas da companhia sigam bem.
As mudanças foram inveitáveis para manter a empresa criativa e ao mesmo tempo inspiradora, afirmou a professora de Liderança do Insper, Leni Hidalgo.
— Acho que o Steve era as duas coisas. Uma mente criativa e que também tinha a capacidade de inspirar. É inevitável haver uma mudança na Apple, você está mexendo em uma liderança que tem um papel forte no processo.
De acordo com Brian Blau, até mesmo Jobs insistiria em apontar que o sucesso da companhia se deu devido ao trabalho de toda sua equipe. Sobre o iPhone, principal produto da Apple e prestes a completar uma década no mercado, o analista do Gartner aguarda mais inovações da empresa para manter as vendas em alta.
— O smartphone vai continuar a evoluir por muitos anos, mas vemos uma desaceleração nas vendas unitárias ao mesmo tempo que a penetração de smartphones atinge globalmente seus níveis mais altos. A inovação é importante, com as crescentes demandas em um ambiente de computação móvel, a Apple terá de esforçar-se para que seus próximos dispositivos ainda sejam atraentes.
Um movimento nesse sentido é o iPhone SE, um modelo que embarca hardware do iPhone 6s no mesmo design do iPhone 5s, o que o torna mais barato, mas não menos potente. A iniciativa pode fazer a empresa "lucrar por atacado" em mercados emergentes, como: Índia e China.
O aparelho teve suas vendas em lojas iniciadas nesta quinta-feira (31) exatamente um dia antes da data comemorativa para a gigante de Cupertino. Será que a empresa terá um bom número nas vendas como presente de aniversário?
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