quarta-feira, 6 de abril de 2016

Dilma desaba após análise da defesa desatrosa de Cardozo na Comissão do impeachment


A presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião com ministros e assessores para avaliar o impacto da defesa apresentada pelo Advogado Geral da União (AGU), José Eduardo Cardoso na Comissão Especial da Câmara que analisa seu pedido de impeachment.

Dilma, que já não se mostrava confiante, praticamente desabou sobre a mesa ou ouvir os primeiros prognósticos. A avaliação foi a pior possível, com acusações de que Cardozo se portou de maneira arrogante e prepotente, exagerou na repetição de argumentos cansativos e desgastados, além de demonstrar certa soberba ao tentar encerrar o caso ali mesmo.

Interlocutores do Planalto não ficaram nada satisfeitos com a falta de capacidade de Cardozo em explorar argumentos mas sensíveis e a sua falta de humildade em apelar para o espírito de colaboração dos parlamentares neste momento difícil vivido pelo país.

A tática de tentar rivalizar com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha também foi desastrosa. Cunha desmentiu o principal argumento de Cardozo poucas horas após sua defesa na comissão da Câmara.

Cardozo havia afirmado que Cunha acolheu o pedido de impeachment por que o governo não votou a seu favor no Conselho de Ética. Cunha lembrou que acolheu o pedido de impeachment de Dilma no dia 12 de dezembro e a votação no Conselho de Ética da Câmara contra ele ocorreu três dias depois, destruindo completamente um dos principais argumentos de Cardozo, que afirmou que o presidente da Câmara acolheu o pedido de impeachment de Dilma por "vingança".

A presidente Dilma ficou transtornada com a análise desastrosa defesa de Cardozo e precisou ser consolada antes de deixar a reunião. Segundo assessores, a falta de eficiência do Advogado Geral da União pode ter precipitado a decisão de muitos parlamentares que ainda estavam indecisos quanto a votar pelo impeachment.

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