quinta-feira, 14 de abril de 2016

Dilma deve reunir em café da manhã Lula, deputados e ministros

Dilma se reúne no Planalto com deputados e ministros contrários ao impeachment (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma no Palácio do Planalto com deputados e ministros contrários ao impeachment
Encontro discutirá estratégia para votação do processo de impeachment. Nesta quinta, governo perdeu apoio das bancadas de partidos aliados.

A presidente Dilma Rousseff deverá reunir em um café da manhã nesta quinta-feira (14) no Palácio do Alvorada o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e deputados da base aliada na Câmara.

Baseado em um hotel de Brasília, Lula tem ajudado informalmente o governo na articulação para conquistar votos contra a abertura do processo de impeachment de Dilma, cuja votação está prevista para este fim de semana na Câmara. Nos dois últimos dias, partidos aliados ao governo e detentores de ministérios e postos na administração federal, como PP, PRB, PSD ePTB, anunciaram apoio ao processo de impeachment.

O café da manhã faz parte da estratégia de Dilma de buscar apoio junto à base para conseguir os votos necessários para barrar o processo de impeachment.

“O que a presidente quer é nos agradecer pelo que fizemos na comissão especial, votando contra o relatório. E, da nossa parte, que até já tivemos uma reunião com ela hoje [quarta, 13], o objetivo é mostrar que temos força na nossa base, estamos seguros de que a oposição não terá os 342 votos e estamos confiantes de que teremos mais de 200 votos [contra o impeachment]”, declarou um dos deputados convidados para o café da manhã.

Segundo ela, será dado início a um processo de "repactuação para superar a crise". A presidente também afirmou que trabalhará "todos os dias" até 2018 – "fim do meu mandato", nas palavras dela.Mais cedo, Dilma participou de um evento no Palácio do Planalto, no qual citou o processo de impeachment e afirmou que até a próxima semana o processo será "página virada".

"Trabalharei todos os dias até o fim do meu mandato, até 2018. É por esse compromisso que estamos lutando sem descanso para superar o golpe na forma de impeachment, sem crime que estão imputando ao país", declarou.

"Gostaria de dizer que tenho certeza que brasileiros e brasileiras estarão ao meu lado [...]. Vamos vencer essa batalha contra o golpe, contra o impeachment sem base legal. A partir da próxima semana, com essa página virada, vamos iniciar a repactuação das condições para superar a crise e retomar o crescimento, dando continuidade ao que estamos fazendo", acrescentou. Encontro no Planalto

Antes de participar nesta quarta de um evento organizado pela Secretaria de Portos, Dilma recebeu em seu gabinete no Palácio do Planalto cerca de 25 pessoas, entre parlamentares e ministros contrários ao processo de impeachment que ela enfrenta na Câmara.

Por telefone, o líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou ao G1 que a base aliada mostrou à presidente que o governo tem os votos necessários para impedir o afastamento dela.

"Foi, além de um gesto de solidariedade à nossa presidenta, um grande gesto de força. Mostramos a ela, com números, que temos mais de 200 votos para barrar este golpe que está em curso. Não é firula, estamos dizendo no mano a mano que temos os votos e vamos derrubar este impeachment", afirmou Guimarães.

Entre os presentes estavam o vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PTdoB-PE), o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS), a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e os ministros Marcelo Castro (Saúde), Hélder Barbalho (Portos), Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) e Nelson Barbosa (Fazenda).

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