quinta-feira, 14 de abril de 2016

Roberto Jefferson é reconduzido à presidência do PTB


O ex-deputado Roberto Jefferson em visita ao Congresso Nacional - Andre Coelho

O PTB se reúne na manhã desta quinta-feira, para reconduzir o ex-deputado Roberto Jefferson ao comando do partido. Ele recebeu indulto há 10 dias, tendo sua pena do mensalão extinta. Com isso, sua filha, a deputada Cristiane Brasil, deixa a presidência para o pai retomar a direção. Na reunião da Executiva, centenas de bonecos ‘pixuleco’ foram distribuídos aos participantes.

O PTB é amplamente favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Dos 19 deputados do partido, 15 são favoráveis ao impeachment e quatro contra.

Em vez de contagem de votos, a executiva do PTB aclamou a volta de Jefferson com uma salva de palmas. Ao devolver a presidência do partido ao pai, Cristiane Brasil afirmou que ele volta no momento certo.

— Quem começou esta luta foi meu pai, sozinho, em 2005, denunciando omensalão. Ele merece voltar no epílogo do PT no Planalto Central — disse a parlamentar. 

Delator do maior escândalo descoberto no governo Lula, Jefferson foi condenado a sete anos e 14 duas dias de prisão no mensalão. A pena começou a ser cumprida em fevereiro de 2014. O ex-deputado teve o mandato cassado por seus pares, em 14 de setembro de 2005. Ele voltou ao Congresso Nacional na semana passada, após onze anos.

Na ocasião, foi recebido por correligionários e funcionários, entre eles o deputado Paes Landim (PTB-PI) na sala da liderança do partido. Primeiro secretário da Câmara, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) também apareceu para dar as boas-vindas. Na presença de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), recebeu dela o broche de deputado, de uso obrigatório dos 513 parlamentares, ato que o emocionou. Cristiane também chorou. No mesmo dia, reforçou estar empenhado na luta pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. E, no dia seguinte, encontrou-se com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) no Palácio do Jaburu, quando manifestou apoio à possibilidade de o vice assumir a Presidência da República.

Foi quando ouviu de Temer que o Brasil está "sem norte de autoridade" e que o país precisa de alguém para unir o Brasil. Na conversa, Jefferson fez sugestões, incluindo a de iniciar uma discussão profunda sobre a instauração de um regime parlamentarista.

— O presidencialismo se exaure agora com esse segundo impeachment — disse o ex-deputado na ocasião.

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