terça-feira, 24 de maio de 2016

OPERAÇÃO LAVA JATO: Delator diz que propina foi usada para pagar viagem da mulher de Collor

Informação, divulgada pela 'Folha de S.Paulo', foi confirmada pela TV Globo. 

Ao jornal, assessoria informou que Collor não conhece Leonardo Meirelles. O doleiro Leonardo Meirelles, ex-sócio de Alberto Youssef, disse em depoimento de delação premiada à força tarefa da Operação Lava Jato que dinheiro do esquema de corrupção naPetrobras foi utilizado para pagar despesas de uma viagem à Europa da mulher do senador Fernando Collor de Melo (PTC-AL), Caroline Collor.
A informação foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" e confirmada pela TV Globo. A assessoria de Collor foi procurada nesta terça e aguardava-se resposta até a última atualização desta reportagem.

À "Folha", a assessoria de Collor informou que o "senador não conhece Leonardo Mereilles". "Nem ele nem sua mulher jamais receberam do referido senhor quaisquer valores para gastos no Brasil ou no exterior", informou a assessoria ao jornal.

Meirelles deu a informação à Operação Lava Jato, que a incluiu, em março deste ano, na denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra Collor em agosto de 2015.

No mesmo aditamento, a PGR também inseriu a mulher do senador no rol de denunciados e atualizou o montante que Collor teria supostamente recebido do esquema: de R$ 26 milhões para R$ 30,9 milhões.

De acordo com a reportagem da "Folha", Meirelles afirmou em depoimento que, a pedido de Youssef, carregou dois cartões pré-pagos internacionais com US$ 30 mil cada.

Ele disse ainda que "obteve os extratos das despesas com os cartões e verificou gastos no exterior em lojas de artigos femininos, como Victoria's Secret e Louis Vuitton".

Além disso, Meirelles entregou aos investigadores extratos de cartões do ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, apontado como operador da suposta propina recebida por Collor, também teve despesas internacionais pagas com recursos desviados pelo esquema na estatal.


A reportagem do jornal afirma ainda que na denúncia apresentada contra a mulher de Collor, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou que Caroline "auxiliava diretamente o marido quanto à lavagem de dinheiro". A informação também foi confirmada pela TV Globo.A assessoria de Pedro Paulo Leoni Ramos informou por telefone que o ex-ministro não comenta delação premiada e que se manifestará nos autos do processo.

Janot citou no documento, ainda mantido em sigilo, que, entre 2010 e 2014, ela recebeu em suas contas R$ 453 mil em depósitos em dinheiro.

Na denúncia, a procuradoria diz ainda que a empresa de comunicação do senador repassou para Caroline Collor R$ 622,5 mil em mais de 40 operações financeiras.

Além disso, de acordo com a denúncia, foram feitos empréstimos fictícios que somam R$ 144,6 mil para justificar a aquisição de bens de luxo, como veículos e imóveis.

Segundo a procuradoria, Leonardo Meirelles também custeou despesas internacionais de Collor que somariam cerca de R$ 243,6 mil.

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