quarta-feira, 6 de março de 2019

Migração brasileira para 'país mais rico do mundo' triplica em 2 anos.

A família de Claudia Kamiya vive no Qatar há três anos
Maior PIB (Produto Interno Bruto) per capita do planeta, expectativa de vida de 78 anos e salário médio anual superior a US$ 129 mil (cerca de R$ 143 mil): é essa a realidade do Qatar, nação considerada a mais rica do mundo pelo Banco Mundial, que abriga hoje quase 2.000 brasileiros.
De acordo com dados obtidos pelo R7 por meio da Embaixada do Brasil em Doha, o número de migrantes brasileiros no país — uma península de modestos 11 mil km² no Oriente Médio — subiu de 560 em 2016 para 1.800 até o final de 2018. O aumento é de 221%.

“É uma migração sistematicamente ligada ao trabalho. Há muitas oportunidades de emprego e o Oriente Médio está em constante desenvolvimento”, pondera Leonardo Freitas, sócio-fundador do escritório Hayman-Woodward, que oferece consultoria em migração de profissionais e tem sede em cidades como Rio de Janeiro e Dubai.

“Questões como qualidade de vida e segurança pesam para os brasileiros. E o aumento neste período específico também tem a ver com a situação instável da política e da economia no Brasil”, acrescenta. 

Freitas diz que, entre os clientes da companhia que buscam se mudar para o Oriente Médio, a maioria (28%) procura o Qatar: “A legislação migratória catariana condiciona a permissão de residência no país à assinatura de um contrato de trabalho. As pessoas têm que ir para trabalhar ou empreender”. 

Depois do Qatar, há os que preferem Emirados Árabes Unidos (21%) e Turquia (18%), além de Omã (12%) e Kuwait (12%). Cerca de 74% dos interessados são homens. Quase metade (49%) tem entre 30 e 44 anos e a maior parte (29%) são profissionais da aviação em geral. Logo atrás aparecem engenheiros (23%) e médicos (17%).

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