terça-feira, 31 de maio de 2016

Carros da PM fazem segurança na porta da Secretaria de Educação do RJ

Carros da PM fazem segurança na porta da Secretaria de Educação do RJ (Foto: Reprodução/TV Globo)Carros da PM fazem segurança na porta da Secretaria de Educação do RJ
Movimentação é tranquila na frente da Seeduc na manhã desta terça-feira.
Sede da secretaria voltou a ser ocupada por estudantes na segunda-feira. Dois carros da Polícia Militar fazem a segurança na porta da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), que voltou a ser ocupada por estudantes na noite de segunda-feira (30). A movimentação era tranquila na frente da Seeduc na manhã desta terça-feira (31), como mostrou o Bom Dia Rio.

Cerca de 50 alunos entraram na sede da secretaria, que fica no número 119 da Avenida Professor Pereira Reis, no Santo Cristo, Região Central do Rio. De acordo com o Sindicato Estadual de Profissionais de Educação do Rio (Sepe), além dos alunos, aproximadamente 40 docentes também foram ao local e estão posicionados do lado de fora do prédio. Os estudantes apoiam a greve dos professores da rede estadual e também reivindicam melhorias nas escolas, além da democratização da gestão das unidades.

O Sepe informa, ainda, que os estudantes se espalharam pelos andares do edifício e, de acordo com o sindicato, o secretário de Educação, Wagner Victer, também estaria na Seeduc. Os alunos da rede estadual estão com cartazes e faixas. Também foram ao local um advogado da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) e um representante da Defensoria Pública do estado. Além deles, também um representante do comando de greve do Sepe.

Ainda não há posicionamento da Seeduc ou da Polícia Militar sobre a nova ocupação dos alunos na sede da secretaria. PM retira alunos à força

No madrugada do último dia 21, a Tropa de Choque da Polícia Militar retirou à força os estudantes que estavam ocupando a sede da Seeduc. Durante a ação da PM, alunos ficaram desacordados e precisaram se carregados por colegas. Os militares também fizeram uso de spray de pimenta e bombas de efeito moral. 

"A gente só falou: ‘A gente não vai sair’, e sentamos no chão. A gente não tacou pedras, não tacou pau, a gente não fez nada. A gente só ficou parado, reclamou o estudante Henrique Barreto.

Os estudantes haviam se reunido, na noite anterior, com secretário de Educação e um vídeo do encontro foi publicado na internet. No encontro, os alunos apresentaram uma pauta na qual pediam melhorias na estrutura das escolas e mudanças, como a eleição direta pra diretores e fim de um sistema de avaliação.

Além das reclamações da ação da PM, os estudantes também denunciaram ao secretário, na época, que teriam sido agredidos por seguranças na entrada do prédio e queriam garantias de que não haveria violência na saída.

O secretário respondeu: "Não é prática nossa fazer qualquer tipo de violência, não é a prática recomendada. Até porque você viu que tanto que vocês até entraram". Em seguida,a secretaria informou que houve acordo e os estudantes concordaram em sair. Mas que, depois, eles mudaram de ideia e pediram um encontro com o governador em exercício, Francisco Dornelles.

Representantes da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil denunciam que não havia uma ordem judicial para a reintegração de posse. Em resposta, o governo do estado informou ter feito uso de mecanismo, previsto no Código Civil, que autoriza a retomada da posse para a proteção de funcionários e do patrimônio público.

Na ocasião, a Polícia Militar afirmou, em nota, que todos os mecanismos de negociação foram esgotados e que foi necessário o uso progressivo da força para que a sede da Secretaria estadual de Educação fosse desocupada.

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